A água é uma substância única, sem ela a vida no nosso planeta seria
impossível. No mundo há muita água, mas ela não está distribuída com igualdade,
alguns lugares possuem em abundância e outros lugares há falta, a superfície da
Terra é constituída de três quartos de água, cerca de 70%, a maior parte está
concentrada nos oceanos e mares, cerca de 97,5%, o restante 2,5% está
concentrado em icebergs e geleiras, sendo que só 0,007% vai para os rios, lagos
e reservatórios da superfície do planeta.
O oceano
mais salgado da Terra é o Mar Morto, entre Israel e Jordânia, que apresenta
nove vezes mais sal do que os demais oceanos. O Oceano Pacífico é o maior
oceano existente com 166 milhões de Km2; O maior mar está situado no Sul da
China que possui 3 milhões de Km2; O maior lago de água potável é o Lago
Superior localizado na América do Norte a qual mede 82.103 Km2; O rio mais
longo do planeta é o Rio Nilo na África, a qual possui a extensão de 6.670 Km
até o mar. É o maior constituinte dos seres vivos, nosso corpo é constituído de
70%. Está presente nos menores movimentos do nosso corpo, em células, nos vasos
sanguíneos e nos tecidos de sustentação.
As suas
propriedades vem de sua polaridade, de sua não usual constante dielétrica, e
das ligações de hidrogênio que faz consigo mesma. Devido essas propriedades faz
com que a água carregue compostos dissolvidos, alguns bastante tóxicos e ainda
vírus e bactérias. É composta de hidrogênio e oxigênio, sendo que uma molécula
de água consiste de dois átomos de hidrogênio e um átomo de oxigênio,
representados pela fórmula H2O. Como substância, a água pura é incolor e
inodora.
A água é
um excelente condutor de corrente elétrica, no corpo humano a sua alta
condutividade faz com que ela transforme a condutividade dos nervos num
sensível e efetivo mecanismo para o corpo. A incrível habilidade de dissolver
tantas substâncias permite às nossas células o uso de nutrientes valiosos e
substâncias químicas no processo biológico. O transporte de íons de célula para
a célula somente ocorre em função da presença da água.
Na
natureza, encontramos diversos tipos de água, dependendo dos elementos que ela
contém. Algumas são ideais para o consumo, enquanto que outras são prejudiciais
á saúde. São elas:
1. Água potável: é o tipo ideal para
o consumo, é fresca e sem impurezas;
2. Água poluída: é a água suja ou
contaminada, isto é, contém impurezas, micróbios, vírus, etc;
3. Água doce: é a água dos rios,
lagos e das fontes;
4. Água salgada: é a que contém
muitos sais dissolvidos, como por exemplo a água do mar;
5. Água destilada: é constituída
unicamente de hidrogênio e oxigênio, não há impurezas e nenhum tipo de sal
dissolvido;
6. Águas minerais: são denominadas
assim porque contêm uma grande quantidade de sais minerais dissolvidos, assim
ela possui cheiro e sabor diferente da água que consumimos. Há diversos tipos
de águas minerais, são elas: Salobra - é levemente salgada e não forma espuma
com o sabão; Termal - além de apresentar sais minerais dissolvidos, ela possui
uma temperatura mais elevada que a do ambiente em que se encontra, é utilizada
para curar certas doenças de pele; Acídula - contém gás carbônico, é também
denominada de água gasosa, possui um sabor ácido e é usada para facilitar a
digestão; Magnesiana - nesse tipo de água predominam os sais de magnésios, é
utilizada para ajudar o funcionamento do estômago e do intestino; Alcalina -
possui bicarbonato de sódio e combate a acidez do estômago; Sulfurosa - contém
substâncias à base de enxofre e é usada no tratamento da pele e das vias
respiratórias; Ferruginosa - possui ferro e ajuda no combate à anemia.
A água pode ser saudável ou nociva
Na
natureza não encontramos água pura, devido à sua capacidade de dissolver
elementos e compostos químicos. A água que encontramos nos rios ou em poços
profundos contém várias substâncias dissolvidas, como o zinco, magnésio, cálcio
e elementos radioativos. Dependendo do grau de concentração desses elementos, a
água pode ser ou não nociva. Para que seja saudável, ela não pode conter
substâncias tóxicas, vírus, bactérias e parasitos. Quando não tratada, a água é
um importante veículo de transmissão de doenças, principalmente as do aparelho
intestinal, como a cólera, a amebíase e a disenteria bacilar, além da
esquistossomose, há também outras doenças como a febre tifóide, as cáries
dentárias e hepatite infecciosa.
Ela é
utilizada no nosso cotidiano, como no lar a utilizamos para higiene pessoal,
para cozinhar, na limpeza da casa entre outras coisas. Na indústria ela é
utilizada de várias formas, como por exemplo na fabricação de 1 tonelada de aço
que é necessário cerca de 270 toneladas de água. Na agricultura é utilizada
para irrigar as plantas, pois as plantas necessitam grande quantidade dela. Na
hidrelétrica é utilizada como fonte de energia, para iluminação de casas e
operação das fábricas.
É utilizada ainda
como via de transporte e recreação.
A água
tem se tornado um elemento de disputa entre as nações
Hoje
cerca de 250 milhões de pessoas, distribuídos em 26 países, já enfrentam escassez
de água. Em 30 anos, o número aumentará para 3 bilhões em 52 países. Nesse
período, a quantidade de água disponível por pessoa nos países do Oriente Médio
e do norte da África estará reduzida em 80%. A projeção que se faz, é que nesse
período, 8 bilhões de pessoas habitarão a Terra, em sua maioria concentradas
nas grandes cidades. Assim será necessário aumentar a produção de comidas e
energia, aumentando o consumo doméstico e industrial de água. Devido essa
escassez de água, Israel utiliza de uma tecnologia de dessalinização, hoje o
país tem mais da metade da área ocupada por desertos, é o principal exportador
de produtos agrícolas do Oriente Médio. É a região que tem a menor taxa de água
por pessoa no planeta, e é um exemplo que pode acontecer no resto do mundo.
O Brasil é um país privilegiado em
relação à quantidade de água
O Brasil
possui 13,7% de água doce do planeta, sendo que 7% encontra-se na região da
bacia hidrográfica do rio Paraná, que inclui o rio Tietê, que está situado no
Estado de São Paulo que possui 1,6 % de água doce em sua extensão. E 70% na
Bacia Amazônica, sendo que o volume de água do rio Amazonas é o maior do globo,
sendo considerado um rio essencial para o planeta. O restante está situado no
Nordeste e Centro-Oeste, no rio São Francisco, mas, porém devido a super
população, situadas nas grandes cidades o Brasil vem sofrendo problemas de
escassez, isso já atinge os principais rios e represas das grandes cidades.
Em Porto Alegre, o rio Guaíba está comprometido pelo lançamento de resíduos
domésticos e industriais, além de sofrer as consequências do uso inadequado de
agrotóxicos e fertilizantes.
Na cidade
de Brasília, além de enfrentar a escassez de água, tem problemas com a poluição
do lago Paranoá.
A
ocupação urbana de áreas de mananciais do Alto Iguaçu compromete a qualidade
das águas para abastecimento de Curitiba.
O rio
Paraíba do Sul, além de abastecer a região metropolitana do Rio de Janeiro, é
manancial de outras importantes cidades de São Paulo e Minas Gerais, onde são graves
os problemas devido ao garimpo, à erosão, aos desmatamentos e aos esgotos.
A cidade de Belo Horizonte já perdeu um manancial para abastecimento, a lagoa
da Pampulha, que precisou ser substituído pelos rios Serra Azul e Manso, mais
distantes do centro de consumo. Também no rio Doce, que atravessa os Estados de
Minas Gerais e Espírito Santo, a extração de ouro, o desmatamento e o mau uso
do solo agrícola provocam prejuízos enormes à qualidade de suas águas.
O Estado
de São Paulo sofre escassez de água e com problemas decorrentes de poluição em
diversas regiões: no Alto Tietê junto à região metropolitana; no rio Turvo; no
rio Sorocaba, entre outros.
II - CICLO DA ÁGUA
Pode
admitir-se que a quantidade total de água existente na Terra, nas suas três fases,
sólida, líquida e gasosa, se tem mantido constante, desde o aparecimento do
Homem. A água da Terra, que constitui a hidrosfera, se distribui por três
reservatórios principais, os oceanos, os continentes e a atmosfera, entre os
quais existe uma circulação perpétua denominada ciclo da água ou ciclo
hidrológico. O movimento da água no ciclo hidrológico é mantido pela energia
radiante de origem solar e pela atração gravítica.
A energia
solar esquenta a água dos oceanos, mares e massas terrestres, transferindo-as à
atmosfera como vapor de água. Na atmosfera, o vapor forma as nuvens, essas são
transportadas por patrões do clima, que recebe influência da topografia do
terreno. Às vezes o vapor se condensa em forma de neblina ou nuvens e
eventualmente desce à Terra como precipitação, acumulando-se em águas
superficiais e sob o terreno. Ato contínuo, o processo de reciclagem, com o
regresso da água para a atmosfera continua. Os principais processos desse ciclo
são: evaporação, transpiração, precipitação, infiltração, respiração e a
combustão.
Para seguir o movimento da água através deste ciclo, a energia do sol evapora a
água do mar até a atmosfera. Enquanto o vapor ascende dos oceanos e do terreno,
deixa atrás de si minerais, tais como sais, que podem converter em inóspita a
terra. Mas nos oceanos, este é só uma parte de um processo natural, que não
causa efeito na vida marinha.
O vapor
de água invisível se une então a procissão de moléculas de água numa viajem que
o levará de regresso ao solo ou à água, em forma de precipitação. A
precipitação pode tomar uma das várias formas possíveis, mas sempre começará
como água congelada.
As
moléculas de água se juntam e se lançam até a superfície da Terra. Assim, a
água termina como gota de chuva, cristal de neve ou granizo, o que depende da
estação da ano, da localização e do clima.
Nem toda a água chegará a Terra. Alguma se evaporará no caminho entre as nuvens
e a terra e então regressará a atmosfera para iniciar de novo o ciclo.
Quando
chegar a Terra, correrá sobre a superfície da terreno, se infiltrará (enchendo
os espaços porosos que existem entre as partículas que compõem o solo), ou
cairá num corpo de água (riacho, rio ou lago).
Este
caminho pode ser interceptado mediante práticas de conservação, como são a construção
de pequenas represas, platôs, e canais revestidos de grama. Estas práticas
permitem que a água se infiltre e se detenha como água superficial.
Pequenas quantidades de água são retidas e mantidas por plantas, edifícios,
automóveis, maquinaria e outras estruturas até que se evaporam e regressam à
atmosfera.
A medida que os motores fazem seu trabalho de gerar potência aos veículos,
parte de seu descarte consiste de vapor de água que são lançados à atmosfera
através do processo de combustão e queima. E os animais inalam vapor de água
quando respiram.
A maior parte de água se infiltra no terreno. Parte de água será absorvida
pelas raízes das plantas, para logo ser transpiradas ou expulsas ao ar através
de suas folhas em forma de vapor de água. Outra porção de água se moverá
lentamente até os aquíferos subterrâneos, percolando através do solo até chegar
ao leito de rocha. Eventualmente, por médio de poços ou drenagem, a água
subterrânea pode ser extraída e usada.
Outra
parte da água ascendera lentamente através do solo e do leito de rocha até
chegar a superfície em forma de mananciais ou de poços artesianos.
O excesso
de água correrá sobre a superfície do terreno até os corpos de água, arrastando
terra valiosa e todo o que se adere às partículas de terra. Então, o processo
de evaporação, assim como o da transpiração, respiração e combustão, começa de
novo. E a interminável reciclagem da água continua.
III - POLUIÇÃO DAS ÁGUAS -
É o
lançamento ou infiltração de substâncias nocivas na água. Os efeitos da
poluição e destruição da natureza estão sendo desastrosos, pois se um rio é
contaminado, a população inteira sofre as consequências. A poluição está
prejudicando os rios, mares e lagos, em poucos anos, o rio que é poluído pode
estar completamente morto. Para se efetuar a despoluição é gasto muito
dinheiro, tempo e ainda por cima uma enorme quantidade de água. Os mananciais
também estão em constante ameaça, pois acabam recebendo as sujeiras da cidades,
levadas pelas enxurradas junto com outros detritos. A impermeabilização do solo
causada pelo asfalto e pelo cimento dificulta a infiltração da água da chuva e
impede a recarga dos lençóis freáticos. As ocupações clandestinas de áreas de
mananciais, acabam também poluindo as águas, pois seus moradores depositam lixo
e esgoto no local. O homem é o maior causador de poluição e destruição da
natureza, pois jogam lixos diretamente nos rios, sem nenhum tratamento, matando
milhares de peixes. Devastam as árvores dos mananciais e de matas ciliares. As
pessoas tem plena consciência de que os automóveis poluem e colaboram para o
efeito estufa, mas devido à falta de opção ou por comodismo não abrem mão desse
meio de transporte. Também sabem que os lixos contaminam e poluem o meio
ambiente, porém mesmo assim, muitas pessoas continuam jogando-os nas ruas,
praias e parques.
Agora, descreveremos as principais formas de poluição das águas, são elas:
1. POLUIÇÃO NOS SISTEMAS URBANOS
A
poluição das águas nas grandes cidades assume proporções catastróficas, pois
nelas se concentram o maior número de pessoas e a maioria das indústrias. Nas
cidades, há um grande consumo de água, e, consequentemente, uma infinidade de
fontes poluidoras, tanto na forma de esgoto doméstico com de efluentes
industriais. O consumo doméstico de água é muito grande, cerca de 20% escoam
pelos vasos sanitários, 39% alimentam os chuveiros, 22% vão para lavar roupas e
louças, e 19% para comidas e bebidas.
As
fábricas lançam no ar atmosférico gases tóxicos, pois não instalam filtros em
suas chaminés. Na cidade de São Paulo, só 17% das indústrias tratam seus
esgotos; 83% jogam nos rios toda a sujeira que produzem. Quem mais polui é
também quem mais consome, cerca de 23% da água tratada é consumida pelas
indústrias.
A solução para esses problemas da poluição nas grandes cidades é o tratamento
dessas águas poluídas.
Dados estatísticos referente a água, nos
demonstram que:
- 1200
milhões de seres humanos ainda não possuem acesso a água potável e encanada,
sendo que no Brasil, 55,51% da população não possuem água encanada e nem
saneamento básico em suas residências. Assim, essas pessoas estão sujeitas a se
contaminarem com doenças como a disenteria, a amebíase, a esquistossomose, a
malária, a leishmaniose, a cólera, entre várias outras;
- 20% das
espécies aquáticas fresca já estão extintas ou em processo de extinção;
- Por ano, cerca de 330 milhões de metros cúbicos de água evaporam-se dos
oceanos;
- Anualmente 100 milhões de metros cúbicos de água caem na Terra em forma de
precipitação.
2. PROBLEMÁTICAS DOS ESGOTOS
Eutrofização das Águas
Essa é a
forma mais comum de poluição das águas, é causada pelos lançamentos de dejetos
humanos nos rios, lagos e mares, levando assim a um aumento da quantidade de
nutrientes disponíveis nesses ambientes.
A eutrofização
permite grande proliferação de bactérias aeróbicas que consomem rapidamente
todo o oxigênio existente na água. Consequentemente, a maioria das formas de
vida acabam morrendo, inclusive as próprias bactérias.
Devido essa eutrofização por esgotos humanos, os rios que banham as grandes
cidades do mundo tiveram sua fauna e flora destruídas, tornando-se esgotos a
céu aberto. Com esse lançamento de esgotos nos rios, acarreta ainda mais a
propagação de doenças causadas por vírus, bactérias e vermes.
Marés Vermelhas
Em alguns
casos a eutrofização dos mares podem levar a uma grande propagação de certos
dinoflagelados (protistas fotossintetizantes), esse fenômeno é denominado com
maré vermelha devido à coloração que esses animais conferem a água. Esses
dinoflagelados, provocam a morte de peixes e de outros seres marinhos, pois
competem com eles pelo gás oxigênio, além de liberarem substâncias tóxicas na
água.
Para
solucionarmos esses problemas dos esgotos, devem ser feitos tratamentos de modo
que os microrganismos sejam mortos e as impurezas eliminadas.
3) POLUIÇÃO POR FOSFATOS DE NITRATOS
Na
agricultura os adubos e fertilizantes usados, contém grande concentração de
nitrogênio e fósforo. Esses poluentes orgânicos constituem nutrientes para as
plantas aquáticas, especialmente as algas que transformam a água em algo
semelhante a um caldo verde (floração das águas).
Em alguns casos, a superfície é recoberta por um tapete formado pelo
entrelaçamento de algas filamentosas, assim, ocorre a desoxigenação da água,
além de dificultar a penetração da luz, impossibilitando assim a fotossíntese
nas zonas inferiores, reduzindo a produção de oxigênio e a morte de vegetais. A
decomposição desses vegetais, aumenta o consumo de oxigênio, agravando assim a
desoxigenação das águas.
4) POLUIÇÃO TÉRMICA
Consiste
no aquecimento das águas naturais pela introdução de águas quentes utilizadas
na refrigeração de refinarias, siderúrgicas e indústrias diversas. Quando a
temperatura se eleva, a solubilidade de oxigênio na água é afetada, assim
ocorre o dispersamento desse gás para a atmosfera, acarretando uma diminuição
de sua disponibilidade na água, prejudicando assim diversas formas aeróbicas
aquáticas.
A poluição térmica combinada e reforçada com outras formas de
poluição pode empobrecer o ambiente de forma imprevisível.
5) POLUIÇÃO POR MERCÚRIO
O
mercúrio é um metal muito pesado e extremamente tóxico. No garimpo é usado para
a separação do ouro do minério bruto. Grandes quantidades desse metal é lançado
nas águas dos rios que servem para a lavagem do minério, envenenando e matando
assim, diversas formas de vida.
Peixes envenenados pelo metal se consumidos
pelo homem podem causar sérios danos ao Sistema Nervoso.
6) POLUIÇÃO POR FERTILIZANTES E
AGROTÓXICOS
O
desenvolvimento da agricultura também tem contribuído para a poluição do solo e
da água. Agrotóxicos e fertilizantes espalhados sobre as lavouras além de
poluir o solo são levados pelas águas da chuva até os rios, onde intoxicam e
matam diversos seres vivos dos ecossistemas.
7) POLUIÇÃO POR DETERGENTES NÃO
BIODEGRADÁVEIS
Os detergentes aparecem nas águas naturais como o resultado das diversas
lavagens industriais. Muitas vezes provocam a formação de espumas brancas
conhecidas como "cisnes de detergentes" que reduzem a penetração de
oxigênio na água afetando as formas aeróbicas aquáticas.
As penas das aves em contato com esse detergentes, podem remover-lhes a
secreção oleosa que impermeabiliza as penas, impedindo-os que se molhe. Sem o
óleo isolante, as penas das aves molham-se em contato com a água, fazendo com
que as mesmas afunde e acabam morrendo afogadas.
Os detergentes podem enriquecer as águas naturais com substâncias fosfatadas,
favorecendo assim o processo de eutrofização. Os detergentes biodegradáveis
também podem causarem problemas ao ambiente, pois os mesmos contribuem para o
aumento da população microbiana, reduzindo o oxigênio na água afetando as
formas aeróbias aquáticas.
8) POLUIÇÃO DOS RIOS
As fontes
de poluição das águas dos rios, resultam entre outros fatores, dos esgotos
domésticos, dos despejos industriais, do escoamento da chuva das áreas urbanas
e das águas de retorno de irrigação. Com o aumento da população e do
desenvolvimento industrial, além do uso, cada vez maior, de fertilizantes
químicos e inseticidas na lavouras tem causado sérios danos aos rios e a vida.
As
grandes concentrações de nitrogênio e fósforo, utilizados em adubos e
fertilizantes, constituem um tipo muito comum de poluição das águas. As
enxurradas transportam para os rios os fosfatos e nitratos, estes nutrem as
plantas aquáticas, as quais, multiplicando-se (especialmente algas), absorvem o
oxigênio da água. A falta desse gás ocasiona a morte de muitas plantas e
animais que, ao se decomporem aumentam a poluição.
Os
principais rios brasileiros poluídos são:
- O Rio
Tietê que atravessa várias cidades do Estado de São Paulo, na cidade de São
Paulo ele é um esgoto a céu aberto;
- O Rio
Pardo e Mogi, que recebem poluentes industriais das usinas;
- O Rio
São Francisco, poluído, por receber metais pesados vindo de fábricas próximas e
recebem agrotóxicos.
9) POLUIÇÃO DOS MARES
Antigamente,
acreditava-se que as substâncias residuais despejadas no mar se diluíam e
desapareciam para sempre. Mas, essas substâncias continuam em movimento. As correntes
deslocam os desperdícios de um lado para o outro, concentrando-os aqui e
diluindo-os ali. As correntes ascendentes, nas áreas onde a água fria das
profundezas sobe a superfície, podem trazer à luz resíduos perigosos,
enterrados em locais que se pensava serem seguros.
Os resíduos industriais
tóxicos, os esgotos sem tratamento, o petróleo e seus derivados podem matar as
algas marinhas. Além de produzirem o oxigênio, são os maiores produtores de
oxigênio do planeta. Produzem 54,7%
de todo o oxigênio do planeta elas também podem ser extremamente úteis como
futura fonte de alimento para toda a humanidade.
Uma outra consequência da poluição dos mares é
redução da vida animal, como o extermínio de peixes, crustáceos e moluscos que
são largamente utilizadas como alimento pelo homem.
Poluição marinha é
aquela caracterizada pela presença de lixos sólidos e poluentes líquidos nas
águas dos mares e oceanos, que são frutos de atividade humana.
Hoje em
dia, muitas cidades despejam seus esgotos diretamente nos mares, sem tratamento
prévio. Isso nos mostra, que na época do verão as praias constituem um risco
para os banhistas, pois muitos organismos patogênicos, podem ser encontrados
nas águas, proveniente de contaminações fecais. Nessa época se observa em
cidades "a beira-mar, o aumento de casos de diarreias, de hepatite
infecciosas, de micoses e até de poliomielite.
Um bom
indicador do grau de poluição das águas pelos esgotos, consiste na dosagem da
quantidade de bactérias como a E. Coli. Essa bactéria não é patogênica por si
mesma, ela vive normalmente no intestino dos humanos sem causar sérios
problemas. Porém, sua presença em grande concentração nas águas, mostra contaminações
por fezes e indica a presença provável de outros microrganismos, esses
patogênicos. Um grande passo para a resolução parcial desse problema, foi a
construção de um "interceptor oceânico submarino", cujo papel é levar
esgotos a grande distância mar adentro. Vale a pena lembrar, que as águas dos
mares possui uma capacidade autodepuradora, ou seja, as bactérias humanas
acabam sendo destruídas, provavelmente por meio de vírus bacteriófagos,
protozoários e substâncias antibióticas produzidas por organismos marinhos.
Um dos problemas mais sérios de poluição marinha, se refere àquele causado por
derramamento de petróleo. Esse líquido, além de poluir as águas e a areia,
impossibilita a utilização das praias. Possui efeitos terríveis sobre o meio
ambiente marinho. Esses derramamentos ocorrem devido acidentes com navios
petroleiros ou com a lavagem de seus motores e reservatórios diretamente na
água.
O
petróleo é menos denso do que a água, por isso flutua sobre ela. Essa camada
impede a penetração de oxigênio do ar e da luz do sol. Sem oxigênio os peixes
não podem viver e sem a luz as plantas não podem fazer a fotossíntese.
No mar as
algas flutuantes são as maiores fornecedoras de alimentos para os primeiros
elos da cadeia alimentar. Ao derramar o petróleo na água, ele reduz a entrada
de luz na água, o que faz diminuir a taxa de fotossíntese das algas e em consequência
a oxigenação na água.
Nos
peixes, o petróleo adere as guelras (brânquias) dos peixes, impedindo-os de
respirar, matando-os por asfixia. Ele também, gruda nas penas da aves aquáticas
impedindo que as mesmas voem.
Os
mangues também são afetados pelo petróleo, matando os filhotes de várias
espécies, assim o mangue vai sendo destruído.
No mundo
os desastres ecológicos pelo derramamento de petróleo acontecem frequentemente,
um dos mais graves acidentes com petroleiros ocorreu no Alasca em março de
1988, com o petroleiro americano Exxon Valdez. Esse chocou-se contra os recifes
derramando 40 milhões de litros de óleo no oceano. Vários animais morreram aos
milhares e os que sobreviveram ficaram intoxicados propagando os efeitos do
acidente. Cientistas calculam, que pelo menos duas décadas serão necessárias
para a recuperação do Alasca e muito difícil será restabelecida as condições
ambientais anteriores. Em 1983, no Oriente Médio, durante a guerra do Irã com o
Iraque, bombardeios a campos petrolíferos da plataforma continental provocaram
o derrame no Golfo Pérsico de milhares de barris de óleo por dia. Em consequência,
alguns países da região foram privados de seu abastecimento de água potável,
obtida por dessalinização da água do mar.
No Brasil, ocorreram vários desastres com petroleiros, em janeiro de 2000, 1,29
milhões de litros de óleo vazaram de um dos navios cargueiros na Baía de
Guanabara, no Rio de Janeiro. Seis meses depois, um novo acidente provocou o
vazamento de 380 litros na mesma região. Em julho de 2000, 4 milhões de óleo
vazaram da Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária, no Paraná, para o rio
Iguaçu. No Ceará, houve um derramamento de aproximadamente 100 litros em duas
plataformas de Paracuru. Em novembro de 2000, 86 mil litros de óleo foram
derramados pelo canal de São Sebastião. Mais recentemente em março de 2001,
ocorreu o pior acidente dos últimos anos, cerca de 1,5 milhões de litros de petróleo
e diesel foram derramados devido uma explosão na plataforma, na Bacia de Campos
no rio de Janeiro.
A foto
abaixo demonstra a poluição das águas pelo petróleo:
Para solucionar esse problema da poluição das águas, tem que ser tomadas
algumas medidas, tais como:
- A
existência de Leis mais rigorosas que obriguem as indústrias a tratarem seus
resíduos antes de lançá-los nos rios e oceanos;
-
Penalizações para as indústrias que não tiveram de acordo com as Leis. No caso
de reincidência o seu fechamento é inevitável;
-
Investimentos nas áreas de fiscalização dessas indústrias;
-
Ampliação da rede de esgotos;
-
Saneamento básico para todos;
-
Investimentos nas construções de navios mais seguros para o transporte de
combustíveis;
-
Melhoramentos no sistema de coleta de lixos;
-
Implantação de novas estações de tratamentos de esgotos;
-
Campanhas publicitárias, buscando a explicação de técnicas de saneamento para a
população carente;
-
Campanhas de conscientização da população para os riscos de poluição;
- Criação
de produtos químicos mais seguros para a agricultura;
-
Cooperação com as entidades de proteção ambiental.
10) POLUIÇÃO POR SÓLIDOS SUSPENSOS
Poluição por resíduos sólidos: podem ser sólidos suspensos, coloidais e dissolvidos. Em geral esses sólidos
podem ser provenientes de ressuspensão de fundo devido à circulação hidrodinâmica intensa, provenientes de esgotos industriais e domésticos e da erosão de solos carregados pelas chuvas ou erosão das margens.
11) POLUIÇÃO POR ÓLEOS E GRAXAS
O óleo forma em pouco tempo uma fina camada sobre a
superfície, bloqueando a passagem de ar e luz e impedindo a fotossíntese e a
respiração no meio aquático. Ele também contém metais e componentes altamente
tóxicos, comprometendo a saúde e a vida dos seres aquáticos e dos que se
abastecem dessa água. Ex. Apenas um litro de óleo é capaz de esgotar o oxigênio
de 1.000.000 de litros de água, quando despejado em recursos hídricos.
Os
problemas agudos referem-se
aos vazamentos e derrames de navios petroleiros e as atividades clandestinas de
lavagens dos tanques dos mesmos.
Os crônicos são aqueles gerados pela introdução contínua de
hidrocarbonetos, através de pequenos vazamentos provenientes de operações de
navios e Plataformas de Petróleo ou a introdução constante de dejetos urbanos e
industriais.
IV TRATAMENTO DE ÁGUA DE ABASTECIMENTO
O
tratamento de água tem por finalidade melhorar a qualidade da água de
abastecimento ao público, tendo os seguintes objetivos:
1. Higiene: Remoção de bactérias, elementos nocivos (tóxicos), compostos
orgânicos, protozoários, etc.
2.
Estética: Remoção da cor, turbidez, odor e sabor.
3.
Economia: Redução da corrosividade.
A região metropolitana de São Paulo, possui sete grandes sistemas de tratamento
de água, são elas: Cantareira, Guarapiranga, Alto e Baixo Cotia, Alto do Tietê,
Rio Claro e Rio Grande. O maior deles é o da Cantareira, que é responsável por
33 mil litros de água por segundo E QUE MOMENTANEAMENTE ESTÁ COMPROMETENDO A ABASTECIMENTO DE ÁGUA PARA A CIDADE DE SÃO PAULO. A água que é produzida nos sete sistemas
chega aos consumidores através de 1200 quilômetros de grandes tubulações ou
adutoras, reservatórios e 23 mil quilômetros de redes de distribuição.
A Estação
de Tratamento de Água - ETA, é instalada quando a água bruta utilizada pela
população, está imprópria para o consumo.
Geralmente
esse sistema é instalado próximo de um manancial, que pode ser um rio ou
represa, muitas vezes necessitando de uma Estação Elevatória para bombear a
água até a entrada da Estação de Tratamento de Abastecimento.
Na
entrada do sistema há um gradeamento que tem por finalidade deter os materiais
flutuantes de maiores dimensões, evitando assim o desgaste e destruição dos equipamentos.
A Estação de Tratamento é
composta das seguintes fases:
1)
Coagulação e Floculação
Essa etapa tem o objetivo de
transformar as impurezas que se concentram em suspensão (partículas finas,
bactérias, etc), materiais colidais (cor, ferro, manganês oxidado, etc) e
alguns materiais dissolvidos em partículas gelatinosas (flocos). No processo de
coagulação, é utilizado o coagulante químico sulfato de alumínio, que, após
determinação em laboratório da dosagem ótima, é adicionada à água bruta em zona
de grande turbulência. Após essa mistura, a água escoa para o floculador (zona
de mistura lenta) para uma boa constituição e agregação das impurezas.
A água floculada passa, através de canais, para a fase seguinte que é a
decantação.
2) Decantação
A água floculada escoa por
gravidade para o decantador onde ocorre a separação das fases líquidas (água) e
sólida (flocos), em virtude da velocidade da água ser bem moderada nesta etapa.
A qualidade da água decantada é
excelente em relação à água bruta, mas não é suficiente para distribuí-la à
população. Assim é necessário que haja à eliminação das partículas finas ainda
existente na terceira etapa do tratamento, que é a filtração.
3) Filtração
Nessa etapa, a água passa nos
filtros através de leitos de areia, com granulométrica variando entre 0,50 a
0,65 mm, sustentada por camadas de seixos (cascalhos, pedras de diversos
tamanhos), sob as quais existe um sistema de drenos.
A água, após a filtração,
encontra-se tratada no ponto de vista físico químico sendo, então, necessário
realizar-se a desinfecção.
4) Fluoretação
Após a filtração, é realizado
esse processo, que através da adição de ácido fluossilício, que tem como
objetivo prevenir o aparecimento da cárie dentária, na áreas mais carentes.
5) Desinfecção por Cloração
A desinfecção é realizada através
da dosagem de cloro gasoso. Para que esse processo ocorra adequadamente, é
preciso que a água apresente um pH ácido, o que provavelmente é atingido com a
adição de sulfato de alumínio, na etapa de coagulação e adição de ácido
fluossilícico após a filtração.
Além disso, é preciso um tempo de
contato na faixa de 2 a 4 horas, para se realizar no reservatório da Estação de
tratamento.
Caso o comprimento das redes
adutoras seja muito longo, é necessário a recloração em alguns pontos da rede
de distribuição.
6) Alcalinização
Esse processo tem por finalidade,
corrigir o pH da água que será distribuída a população, através da adição de
cal (hidróxido de cálcio), evitando assim que a água fique ácida, causando
sérios danos não só a população, mas também nas tubulações que a água percorre
até chegar nas residências.
Após ter atingido, finalmente as condições ideais de consumo, essa água é
bombeada para um reservatório superior, de onde será distribuída à população.
O padrão de potabilidade da água tratada e consumida pela população de São
Paulo, segue as recomendações da Organização Mundial de Saúde, garantindo assim
a inexistência de bactérias e partículas nocivas à saúde humana. Dessa forma,
evita-se o surgimento de grandes surtos de epidemias, como a cólera e o tifo.
A DESPOLUIÇÃO DO RIO
TÂMISA
O rio Tâmisa, na
Inglaterra, ficou conhecido como o ‘’Grande Fedor’’ quando, em 1858, as sessões
do Parlamento foram suspensas devido ao mau cheiro. A poluição do rio também
estava na consciência dos ingleses por causa da morte do príncipe Alberto,
marido da rainha Vitória. Alberto morreu de febre tifóide devido à
insalubridade das águas do rio.
O Tâmisa deixou de ser
considerado potável por volta de 1610. Entretanto, o projeto de despoluição só
começou a ser esboçado no século XIX. Além do mau cheiro, as epidemias de
cólera das décadas de 1850 a 1860 foram fundamentais para que o governo
decidisse construir um sistema de captação de esgotos da cidade. Ao todo, foram
quase 150 anos de investimentos na despoluição das águas do rio que corta
Londres.
O projeto de limpeza do
Tâmisa começou a ser delineado em 1895. Os primeiros resultados do trabalho
apareceriam apenas em 1930. No início, os engenheiros criaram um sistema de
captação do esgoto da cidade de Londres que despejava os dejetos quilômetros
abaixo de onde o rio cortava a região metropolitana. Entretanto, o crescimento
da população fez com que a mancha de poluição subisse novamente o rio e o
tornasse poluído na região londrina.
Em 1950, o Tâmisa era
considerado, outra vez, morto. A nova iniciativa do governo foi a construção
das primeiras estações de trabalho de esgoto da cidade. Já na década de 70, os
sinais iniciais de que os resultados estavam sendo alcançados apareceram. Prova
era o flagrante do reaparecimento do salmão – peixe sensível à poluição e
exigente em matéria de água limpa.
Mesmo com os sinais de
que a revitalização das águas do Tâmisa é garantida, a Thames Water, empresa de
saneamento londrina, mantém um investimento cerrado no tratamento da água e no
sistema de esgotos. O rio tornou-se um exemplo de sucesso no programa de
despoluição das águas.
V – CONCLUSÃO
Concluímos que a água é essencial
a vida dos seres, pois sem ela não teríamos vida em nosso planeta. Nosso
planeta e nosso corpo é constituído de 70%, sendo que sua distribuição no
planeta não é por igualdade, pois em muitos lugares há excesso e em outros
escassez.
Devido a super população do mundo, a terceira guerra pode ser devido à falta de
água em alguns países. O Brasil é o país mais privilegiado do mundo devido a
sua abundância em água, mas devido aos homens isso pode tudo acabar, pois
desmatam as florestas, poluem os rios, lagos, com poluentes tóxicos, químicos,
entre outros, jogam esgotos, lixos, sem um tratamento prévio, assim as pessoas
que tem contato com essa água poluída pode adquirir várias doenças como a disenteria,
cáries dentárias, esquistossomose e outras.
Para se adquirir uma água potável, essa tem que ser tratada em estações de
tratamento utilizando os seguintes processos: Coagulação e Floculação;
Decantação, Filtração, Fluoretação, Desinfecção por Cloração e Alcalinização.
VI – BIBLIOGRAFIA
Rocha, Aristides Almeida.
Ciências do Ambiente, Saneamento, Saúde Pública. São Paulo, 1995: Departamento
de Saúde Ambiental. Faculdade de Saúde Pública. Universidade de São Paulo &
ndash 407 p.
Branco, Samuel Murgel.
Hidrobiologia Aplicada Á Engenharia Sanitária. São Paulo, 1986, Printed in
Brazil & ndash CETESB/ASCETESB & ndash 640 p.
CULTURA, FUNDAÇÃO PADRE ANCHIETA.
São Paulo, 1996 à 2000.
VIEIRA, RICARDO, ACESSORIA DE
PLANEJAMENTO - ASPLA. Alagoas, 1997.